Após mais de 2 anos desde o início da pandemia, os impactos econômicos no dia a dia dos brasileiros seguem atrapalhando a vida financeira. Claro, houve uma melhora em relação às demissões, principalmente, nos setores hoteleiros, de bares e restaurantes e nas lojas de rua.
Muitas pessoas que tinham seus empregos fixos, ou seu pequeno comércio, inclusive com empregados, tiveram que deixar essas atividades por falta de renda e ainda não conseguiram retomar o patamar financeiro e nem de trabalho que tinham antes.
Uma das alternativas mais buscadas pelos brasileiros para tentar fugir da crise foi a abertura de negócios próprios, seja com investimento inicial baixo, por meio de um financiamento ou usando as reservas financeiras conquistadas ao longo de anos. Além desses fatores, muitos também empresas sonhando em conquistar uma melhor qualidade de vida e trabalhar com o que realmente gosta.
Recorde em março
Diante desse cenário complicado, o Brasil bateu recorde na criação de empresas em março, com quase 80 mil. Esse dado exclui os MEIs, e leva em conta somente as micro e pequenas empresas, empresas de grande porte, indústrias e agronegócio. Já em relação a todas as empresas, mais de 1 milhão foram abertas no primeiro trimestre deste ano. Apesar do número ser bem expressivo, a queda foi de 4,8% em comparação ao mesmo período do ano passado: foram 1,022 milhão em 2022, contra 1,074 milhão em 2021.
MEIs dominam
Do total de 1,022 milhão de empresas abertas no primeiro trimestre de 2022 em todo o país, 79% representam MEIs (Microempreendedores Individuais). Quem adere a essa modalidade, paga impostos de forma simplificada, utilizando o Simples Nacional, e tem um limite mensal de faturamento. Os outros 21% são de micro e pequenas empresas, companhias de grande porte, indústria e agronegócio, segundo dados da Receita Federal. E em relação a esses 21%, aproximadamente 90% são representados por micro e pequenas empresas.
São Paulo lidera
Pelo 10º ano consecutivo, São Paulo é o Estado que mais abre empresas no Brasil, seguido de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná e Rio Grande do Sul. Além disso, por pelo menos 10 anos consecutivos, Estados do Sul e Sudeste lideram o ranking de abertura de empresas no Brasil, de acordo com dados da Receita Federal.